Três Lagoas | Da Redação/Com Prefeitura de Três Lagoas | 03/12/2015 10h29

Audiência Pública discutiu implantação do empreendimento AHE Baixo Verde III

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Evento apresentou os estudos realizados sobre os impactos ambientais e sociais da usina hidrelétrica que será inserida entre os municípios de Três Lagoas e Brasilândia
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico (Semade) e o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), realizaram nesta quarta-feira (02), no Vieira Festas, Audiência Pública para apresentação do Relatório de Impacto Ambiental – (Rima) do empreendimento denominado Aproveitamento Hidrelétrico (AHE) Baixo Verde III, que será inserido no Rio Verde, entre os municípios de Brasilândia e Três Lagoas.

A apresentação do Rima teve como objetivo tornar públicos as informações do processo de licenciamento ambiental e os impactos causados pela construção e funcionamento do AHE Baixo Verde III.

O gerente de projetos da Minaspch, Rafael Peixoto, apresentou as etapas de implantação do empreendimento e ressaltou que a previsão para o início das obras é para 2019. “O AHE Baixo Verde III ficará a 50 quilômetros de Três Lagoas, sendo que 28,7% do reservatório da usina será localizado no Município, com isso ele receberá o pagamento de compensação financeira e ambiental para a utilização da sua área. A previsão é de que o empreendimento seja executado em 40 meses, sendo 24 meses para obra efetiva”.

Rafael destacou que AHE Baixo Verde III será capaz de atender 250 mil consumidores residenciais e que serão investidos em torno de R$ 115 milhões nas obras da usina.

“Serão contratadas 300 pessoas no pico das obras e a nossa expectativa é que deste total de trabalhadores 60% seja mão de obra local, para isso será realizado o programa de treinamento e capacitação de mão de obra local. O empreendimento trará diversos benefícios, entre eles, energia limpa e renovável com baixa emissão de Co2, aquecimento da economia e aumento da arrecadação tributária”, finalizou.

A coordenadora dos estudos ambientais da Samorano Consultoria Ambiental, Luciane Benatti, apresentou relatório dos impactos ambientais do AHE Baixo Verde III e ressaltou que foi realizado o diagnóstico ambiental levando em conta o meio físico, meio biótico e socioeconômico para avaliar os possíveis impactos ambientais do empreendimento.

“Diante de todo o estudo realizado, consideramos que o empreendimento pode ser implantado e operado de maneira ambiental e socialmente segura, desde que todas as medidas de mitigação, compensação de impactos negativos e potencialização de impactos positivos sejam adotados. É consenso por parte dos profissionais e técnicos participantes do estudo que o AHE Baixo Verde III é viável sob o ponto de vista ambiental e social”, disse Luciane.

Para minimizar os possíveis impactos ambientais foram propostos 30 programas ambientais, sendo 12 direcionados a atender o meio biótico, 11 para o meio físico e sete para o meio socioeconômico.

O secretário de Desenvolvimento Econômico, André Milton Pereira, que esteve no evento representando a prefeita Marcia Moura (PMDB), destacou que é fundamental que se discuta sobre os benefícios e impactos que o empreendimento trará para a região.

“A discussão sobre as preocupações ambientais e do desenvolvimento sustentável que se pode trazer com a implantação do empreendimento é o que tornará possível o seu sucesso. É muito importante que a Administração Municipal acompanhe todo o processo de instalação para que possa participar efetivamente da sua inserção.”

O evento contou também com a presença do coordenador de Normas e Procedimentos do Imasul, Pedro Mendes, que estava representando o secretário da Semade, Jaime Verruck; representante do Escritório Regional do Imasul de Três Lagoas, Délia Vilamayor Javorka; diretor da Samorano Consultoria Ambiental, Wagner Henrique Samorano e representantes da sociedade civil.

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