CCZ não consegue capturar nenhum carrapato na Lagoa Maior
Três Lagoas (MS) - Equipes do Centro de Controle de Zoonoses e do Setor de Endemias de Três Lagoas realizaram na manhã de ontem um trabalho na tentativa de capturar carrapatos-estrela no gramado da Lagoa Maior. O objetivo seria o de realizar exames e constatar se esses parasitas, que se hospedam em capivaras, cavalos e cachorros, estão infectados, ou não, com a bactéria a Rickettsiarickettsii, causadora da febre maculosa.
Após o trabalho de “varredura” que durou cerca de uma hora, nenhum carrapato foi capturado pelas equipes. “Em razão do trabalho de roçada que está sendo feito no gramado da Lagoa Maior, dificultou a captura dos carrapatos. Além disso, as aves que ficam na lagoa, comem tudo quanto é inseto, inclusive os carrapatos. Então, acho que foi difícil encontrar os carrapatos por esse motivo”, justificou Antônio Empeke.
Diante disso, segundo o coordenador do CZZ, um novo trabalho será realizado dentro de 15 dias, na tentativa de encontrar o carrapato estrela. Segundo Empeke, esse é o melhor método para a realização do exame. Entretanto, se não for possível encontrar esse parasita, o próximo passo será capturar algumas capivaras. “Eu vou trabalho até 90 dias na tentativa de capturar o carrapato, se não conseguirmos, vamos pegar umas três capivaras e verificar se tem carrapatos nelas e também fazer a coleta do sangue, conforme prevê os parâmetros do Ministério da Saúde, para fazermos o exame”, explicou.
Empeke informou que existe todo um procedimento para a captura das capivaras, sem contar que os custos e aparatos necessários para isso, seria bem maior, segundo informou o coordenador. “Nós queremos evitar isso, mas se precisar vamos adotar esse procedimento”, adiantou.
A Secretaria de Meio Ambiente estima que, cerca de 40 capivaras vivem no local. A preocupação dos órgãos ambientais deve-se a superlotação desse animal na Lagoa Maior, área central da cidade.Um caso de febre maculosa registrado no ano passado em Dois Irmãos do Buriti fez autoridades do Estado entrarem alerta, principalmente em relação aos municípios que possuem grande quantidade desses animais, como é o caso de Campo Grande e Três Lagoas, que têm lagoas no seu perímetro urbano.
Em razão disso, a Secretaria Estadual de Saúde chegou a emitir, em fevereiro, um documento alertando sobre o risco da propagação da febre maculosa, já que uma das formas de contágio dessa doença é o contato com o carrapato que se hospeda em um animal infectado como a capivara. A doença é considerada grave, já que a alta taxa de morte de pessoas contagiadas com a febre maculosa, é de 40% e 80%.
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