Três Lagoas | Da redação/com JPTL | 12/09/2013 12h04

Clínicas Veterinárias ignoram lei e seguem com mutilações

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Três Lagoas (MS) - Desde julho deste ano, o corte da cauda de cães está proibido em todo Brasil. A determinação foi publicada no diário oficial da União e visa punição severa aos médicos veterinários que desrespeitarem essa lei. 

Apesar da ampla divulgação entre os profissionais da classe, alguns veterinários parecem não estar preocupados em atender a determinação da lei. A reportagem ligou para cinco clínicas da cidade, indagando sobre a cirurgia de corte da cauda e o resultado foi preocupante. 

Das cinco empresas contatadas, apenas duas disseram não fazer mais as cirurgias por conta de proibição legal, porém outras duas afirmaram que realizam o procedimento, e  uma delas até informou o valor de seu serviço. “Nós fazemos sim, cobramos R$ 40,00, mas tem que agendar, pois a procura é grande” informou uma funcionária, que disse ser um procedimento rápido. Você trás logo cedo que a gente corta, quando for 11 horas já está pronto e você leva o animal pra casa”. 

A reportagem não vai divulgar os nomes das clínicas ouvidas pela reportagem diante da informalidade da consulta telefônica. Um funcionário de outra clínica se mostrou apreensivo com as perguntas e disse que eles não faziam as cirurgias, mas pediu para que o “suposto cliente” fosse até o local para conversar pessoalmente e ver o que poderia ser feito. 

Procurado pela reportagem, o coordenador do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), Antônio Luiz Teixeira Empke, lamentou o ocorrido. “É muito triste saber que algumas clínicas ainda agem desta maneira. Para mim quem faz isso [corte de caudas] nem deve ser considerado um veterinário” afirmou Empke. 

O coordenador foi além: “A verdade é que já passou da hora de Três Lagoas ter uma lei específica sobre maus tratos contra os animais. Os casos são cada vez mais frequentes, mas infelizmente não temos o poder de fazer autuações”. 

De acordo com a lei, o corte da cauda de cães é considerado mutilação e o profissional responsável pela ação poderá ter registro suspenso pelo Conselho Estadual de Medicina Veterinária. 

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