Três Lagoas | Da redação/com JPTL | 18/10/2013 12h21

Cresce o numero de jovens leitores na Biblioteca Municipal de Três Lagoas

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Três Lagoas (MS) - Os canais pelos quais o jovem se informa nos dias de hoje são múltiplos. O livro é apenas um deles. E é o mais trabalhoso. Diante desse quadro, os educadores são unânimes num ponto: as armas de estímulo à leitura precisam ser modernizadas. “Para isso, utilizo também de atividades em que os alunos veem que um texto não se desenvolve de qualquer maneira. Ele necessita de aprimorar aspectos linguísticos, associar palavras e conceitos a lugares, imagens, experiências vividas, representações do material, da verdade e do simbólico: um mosaico de informações que se entrelaçam nas questões econômicas, políticas, de globalização e, fundamentalmente, nas relações sociais, culturais e fronteiriças de Estados-nação”, explica o professor de Três Lagoas, Willian Diego.

Iniciativas como essas parecem ter dado bons resultados. Nos meses de julho, agosto e setembro do ano passado, os números de consulentes foram de 1.241, 2.682 e 2.126 pessoas que procuraram por livros na Biblioteca Municipal Rosário Congro. “Já este ano os números nestes meses dobraram: em julho, por exemplo, foram 2.450 consulentes.

Em agosto e setembro, foram 2.747 e 3.194, respectivamente. Estes números estão entre empréstimos, pesquisa local e consulta em informática”, aponta a bibliotecária Fabiana Carla Cândido Gomes, que trabalha há dois anos na Biblioteca Municipal.

Ainda segundo Fabiana, a observação é de que sempre aparecem novas pessoas para fazer o cadastramento na Biblioteca. “No início as pessoas ficavam bastante inibidas de entrarem aqui, mas com o tempo elas foram descobrindo que a Biblioteca era também um espaço para elas. Talvez tenha sido por conta da mudança do local, que antes era no prédio onde hoje funciona a Secretaria Municipal de Educação.”

Pelo perfil dos cinco livros mais procurados na biblioteca, não há dúvidas de que a grande maioria é de público jovem.

A obra “Harry Potter e as relíquias da morte” de Rowling, P.R. é o campeão de retirados. “Isso demonstra que o público jovem está mais interessado na leitura. Os livros de sagas são os mais escolhidos, principalmente os de romances, vampiros, contos de fadas e bruxas. Até mesmo porque muito desses livros também se tornam películas cinematográficas fazendo sucesso entre o público adolescente” comenta Fabiana.

A biblioteca conta com mais de 30.000 livros em seu acervo, contendo variados gêneros literários. O público é bastante variado, mas a maior parte dos nossos consulentes são estudantes, já que a procura também é grande de materiais para a elaboração de trabalhos estudantis. Haryene Laíza Alves tem 15 anos e costuma ir frequentemente a Biblioteca.

Apesar de pouco consultar os livros do seu acervo, ela diz ir até lá para estudar e realizar os trabalhos da escola. “Ainda assim eu leio bastante, mas eu compro os livros que eu gosto. Gosto de literatura evangélica e gosto de ter os livros na minha casa, para eu ler a hora que eu quiser e também emprestar para meus amigos. Gosto de ter o livro em mãos”, diz a adolescente.

Vitória Giulia Alves, de 15 anos, conta que gosta de ir a biblioteca para estudar e encontrar com os amigos, e procura por livros de poesia, principalmente aqueles que falam de amizade e amor. “Gosto daqui porque é um local intermediário entre minha casa e a casa dos meus amigos. E aqui existe um silêncio, que me permite concentrar para os estudos e leitura, pois na minha casa tem muita gente e há muito barulho. A leitura é importante porque melhora minha comunicação e também a minha gramática.”

A biblioteca também serve de espaço para os jovens reunirem-se e realizarem atividades escolares. No local há um espaço com computadores para pesquisas, portanto, é comum alunos dos ensino fundamental ou médio realizarem trabalhos escolares . É o caso Juliana Araújo Santos de 16 anos, estudante do 2º ano do ensino fundamental. “Nós já somos uma geração que tem apoio da internet ao celular, então o livro é um objeto a mais para a nossa curiosidade, diferente da geração dos meus pais, quando era a única fonte de informação. Mas mesmo assim, quando venho à biblioteca, todos esses livros despertam a minha curiosidade porque deve existir muitas histórias legais por trás disso tudo”, conta.

Para Amanda Cristiny da Silva, estudante de 17 anos, a preparação para o Enem fez com ela lesse clássicos da literatura brasileira, o que a tornou apaixonada por essas obras. “Acho necessário essa cobrança da leitura de autores da literatura clássica. Por exemplo, sou fã do livro “O Alienista” de Machado de Assis e acho que mesmo sendo de uma geração de internet, os livros jamais deixarão de ser lembrados. Acho-os necessários para nosso desenvolvimento, principalmente para a nossa comunicação”, conclui.

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