Delegacia de Investigação Gerais de Três Lagoas foi extinta

Três Lagoas (MS) - Depois de quase sete anos de atuação em Três Lagoas, a Delegacia de Investigação Gerais (DIG) foi extinta. A mudança deve-se à portaria da Diretoria-Geral da Polícia Civil, de segunda-feira e publicada ontem no Diário Oficial do Estado, que transfere o delegado Ailton Pereira de Freitas, até então coordenador da DIG, da 2ª Delegacia de Polícia, onde era lotado oficialmente, para a 1ª Delegacia de Polícia, onde será delegado adjunto.

Com a transferência, que concede dois dias de trânsito à Ailton, a equipe que compunha a DIG – e que respondia exclusivamente à Delegacia Regional - agora passará a fazer parte de uma Seção de Investigações Gerais (SIG) da 1ª DP. Procurado pela reportagem, o delegado Regional, Vitor José Fernandes Lopes, informou que a determinação para a transferência do delegado Ailton partiu da diretoria-geral e foi cumprida em Três Lagoas. Ele não quis comentar os motivos da mudança, se restringindo a dizer que os trabalhos da DIG permanecerão o mesmo em Três Lagoas. “Por enquanto, a equipe permanecerá no mesmo prédio, que funciona ao lado da 1ª DP após a reforma e também continuará se dedicando exclusivamente às investigações de todas as delegacias, e não apenas da 1ª DP”, resumiu.

Via de regra, cada delegacia de polícia deveria ter a sua SIG – um setor em que tanto o delegado quanto os agentes pudessem se dedicar exclusivamente às investigações de crime. Entretanto, como em Três Lagoas o número de policiais é inferior ao necessário, as investigações e operações foram direcionadas diretamente à DIG, que ganhou status de delegacia, com prédio, delegado, equipamentos e viaturas independentes e que respondia diretamente à Delegacia Regional. O delegado Ailton Pereira era quem estava à frente da equipe, como coordenador, desde a criação. Antes disso, ele era delegado em Água Clara.

Agora, com a mudança, a SIG passará a ser subordinada diretamente à 1ª DP. À princípio, a equipe composta por seis investigadores e um escrivão será comandada pelo delegado Paulo Rosseto, titular da 1ª DP. Entretanto, a expectativa é de que, em breve, um delegado seja nomeado para coordenar o grupo.

EFETIVO

No entanto, a falta de efetivo da Polícia Civil continua assombrando a permanência da equipe. Em 2011, a Delegacia Regional chegou a cogitar a possiblidade de acabar com a equipe para poder suprir as carências das outras delegacias de polícia. Agora, a Polícia Civil de Três Lagoas espera que, com o novo concurso, parte desse déficit, que pode chegar a até 20 investigadores, seja suprida.