Três Lagoas | Da redação/com JPTL | 19/03/2014 14h29

Em Três Lagoas, construção civil volta a liderar geração de empregos

Compartilhe:

Três Lagoas (MS) - O setor da construção civil mostrou recuperação em fevereiro na geração de empregos formais. Enquanto que, em janeiro, o setor havia terminado no vermelho, com o fechamento de 303 postos de trabalho, no mês passado contratou 549 novos trabalhadores.  O comparativo é baseado nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho. Ao todo, foram 808 novos empregos gerados em Três Lagoas no mês passado.

Segundo o relatório (divulgado mensalmente), em fevereiro, apenas o setor da construção civil demitiu 1.123 trabalhadores e contratou outros 1.672. Para chegar a esse índice – resultado relacionado, principalmente com a construção da fábrica de fertilizantes da Petrobras –, o setor precisou importar mão de obra. O processo migratório de trabalhadores da construção civil passou a ser rotina para os três-lagoenses desde 2008, quando teve início a construção do complexo fabril de celulose (hoje Fibria) e papel da International Paper. No ano passado, apenas o setor foi responsável pela geração de 5,5 mil novos empregos, 90% do resultado de todo o mercado local. No entanto, não se trata apenas de trabalhadores vindos de regiões distantes como Norte e Nordeste. Municípios de Mato Grosso do Sul têm perdido mão de obra para Três Lagoas, uma vez que os operários são atraídos, principalmente, pelos salários.

A diferença salarial entre outros municípios, como Campo Grande e Três Lagoas chega a até 75,5%. Na capital sul-mato-grossense, a média salarial de um trabalhador da construção civil é de R$ 1,026 mil, enquanto que, em Três Lagoas, a média era, até o ano passado, de R$ 1,838 mil, ainda segundo o Caged.  Já neste ano, o piso teve reajuste de 10%, passando para R$ 2.022,71.

OUTROS SETORES 

Além da construção civil, outros setores também encerrando o mês passado em alta. Um deles foi o da agropecuária, que gerou 264 novos empregos formais em fevereiro, contra saldo de apenas 17 novos postos de trabalho. No mês passado, foram contratados 450 novos empregados e demitidos outros 186. Hoje, a agropecuária paga salário médio de R$ 1.005,82, R$ 4 a menos que em 2013.

Em terceiro lugar em contratações ficou o comércio, com 50 novos postos de trabalho com carteira assinada criados em fevereiro. O resultado mostrou recuperação em comparação ao mês anterior, quando o saldo foi negativo. A média salarial neste setor permanece a mesma em comparação ao ano passado, R$ 983,84.

Já a indústria da transformação, que liderou a geração de empregos no primeiro mês de 2014, permaneceu estável: 11 novos empregos foram gerados (780 admissões e 789 desligamentos). A média salarial da indústria também teve incremento de cerca de R$ 150, passando para R$ 1.164,41 em Três Lagoas, neste começo de ano.

O ramo de serviços foi o único a fechar com saldo negativo. Com salário inicial de R$ 1.094,92, o setor demitiu 72 trabalhadores no mês passado.

RANKING - O comportamento do mercado de empregos fez com que Três Lagoas ocupasse a segunda posição no ranking do Caged entre os municípios de Mato Grosso do Sul com mais de 30 mil habitantes. A primeira colocação ficou com Campo Grande, que fechou o mês de fevereiro com saldo positivo de 1.346 novas contratações. Dourados, outro polo da construção civil no Estado, ficou com a terceira posição, com estoque de 622 novas vagas.

Em dois meses, Três Lagoas gerou pouco mais de mil empregos com carteira assinada. Embora com queda em fevereiro, a indústria permanece na liderança, com 295 empregos gerados no acumulado do ano. 

VEJA MAIS
Compartilhe:

PARCEIROS