Três Lagoas | Da redação/com JPTL | 16/05/2013 13h30

Empresas não oferecem creches para filhos de funcionárias

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Três Lagoas (MS) - Dados do Ministério do Trabalho e Emprego, de 2011, apontam que há mais de cinco mil mulheres trabalhando na indústria e no comércio de Três Lagoas. Em razão da necessidade de exercer atividade profissional para o sustento da família, muitas mulheres precisam deixar os filhos em um Centro de Educação Infantil (antigas creches), ou, então, pagar alguém para cuidar deles.

O problema é quem nem sempre elas conseguem uma vaga nos CEIs ou dispõem de recursos para remunerar uma babá. Muitas recorrem aos familiares ou ao auxílio de terceiros. De acordo com o secretário de Educação, Mário Grespan, atualmente, cerca de 600 crianças, com idades entre 0 e 5 anos, estão fora da sala de aula em Três Lagoas. Outro problema é que alguns CEIs funcionam no “limite” de sua capacidade.

A realidade poderia ser outra, caso as empresas cumprissem a legislação federal, a qual determina que os estabelecimentos em que trabalharem pelo menos 30 mulheres com mais de 16 anos de idade devem ter local apropriado onde seja permitido às empregadas guardar sob vigilância e assistência os seus filhos no período da amamentação.

A exigência, de acordo com a legislação, poderá ser suprida por meio de creches distritais mantidas, diretamente ou mediante convênios, por outras entidades públicas ou privadas, pelas próprias empresas, em regime comunitário, ou a cargo do SESI, do SESC, da LBA ou de entidades sindicais.

Entretanto, segundo o secretário de Educação, nenhuma empresa de Três Lagoas possui convênio com a Prefeitura nesse sentido. O SESI também não oferece vagas para a Educação Infantil. No próprio Distrito Industrial, conforme o presidente do Sindicato dos Empregados do Comércio, Eurides Silveira, não existe nenhuma creche.

Para o secretário Mário Grespan, os empresários deveriam se sensibilizar com os problemas enfrentados pelos trabalhadores. Na opinião dele, todos deveriam se organizar para que as fábricas possam ter sua própria creche. “De repente, estão falando em construir uma creche noturna, quando deveriam provocar as próprias empresas para que instalem suas creches dentro dos estabelecimentos onde trabalham. É importante que seja feita uma parceria com a Prefeitura para que consigamos realizar o sonho de atender 100% dessas crianças”, destacou o secretário.

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