Três Lagoas | Da Redação/Com Hoje MS | 05/02/2013 15h22

Greve de vigilantes segue com cerca de 200 adesões

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Desde a sexta-feira (1º), agências bancárias do Estado de Mato Grosso do Sul estão fechadas devido à greve dos vigilantes e de segurança de transporte de valores. Na segunda, também aderiram à paralisação, vigilantes de indústrias de Três Lagoas. Segundo o diretor municipal do Seesvig (Sindicato dos Empregados em Empresas de Segurança Privada), Logan Santos Silva, a estimativa é de que cerca de 200 funcionários estejam parados na cidade, somando-se o dos bancos, segurança de transporte e das indústrias.

O sindicalista informou que, devido à insuficiência do efetivo, a paralisação ainda não atingiu toda a indústria da cidade. “Mas as agências bancárias estão todas fechadas”, ressaltou.

Logan também informou que na tarde de hoje (5) será realizada uma reunião no Ministério do Trabalho, em Campo Grande, entre os sindicatos dos funcionários e do patronado, para tentarem fazer a negociação. Os vigilantes pedem o cumprimento da Lei 12.740, sancionada no final do ano passado pela presidente Dilma Roussef, que prevê o pagamento do novo adicional de periculosidade da categoria, que teve um reajuste de 15% para 30% desde o dia 10 de dezembro de 2012. Logan afirmou que, atualmente, estão sendo pagos apenas 9%, restando 21%.

As agências bancárias permanecem fechadas devido à Lei Federal 7.102, que proíbe o atendimento pessoal sem a presença dos vigilantes.

Vale lembrar que, com a greve, as operações em caixas eletrônicos também serão prejudicadas. Apenas os profissionais de segurança têm autorização para fazer a reposição do dinheiro nos caixas, que em breve deve começar a faltar em alguns bancos da cidade. Além disso, a orientação é não realizar depósitos, pois estes não poderão ser computados com o encerramento do atendimento.

Liminar

Na noite de sexta-feira (1º), o desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região, Márcio Vasques Thibau de Almeida, determinou, por meio de uma liminar, o retorno imediato ao trabalho de pelo menos 50% dos vigilantes. A multa diária prevista é no valor de R$ 20 mil, em caso de não cumprimento da ordem judicial.

No domingo (3), dois oficiais de justiça acompanhados de policiais militares foram até a sede do Sindicato dos Vigilantes para tentar fazer a notificação da liminar, no entanto, os profissionais se recusaram a receber o documento porque o presidente não estava. Uma vigilante, que não quis se identificar, disse que apenas o presidente pode assinar ou receber o documento e, por isso, nenhum dos vigilantes iria assumir a responsabilidade. De acordo com os profissionais, o presidente Celso Adriano Gomes estava viajando pelo interior do Estado para tratar da greve.

A ação foi interposta pela Brinks Segurança e Transporte de Valores Ltda contra os sindicatos. A empresa alegou que as reivindicações da categoria estavam sendo negociadas e que havia uma reunião marcada para o dia 7 de fevereiro sendo surpreendida no dia 28 de janeiro com a notificação de greve geral dos trabalhadores, por tempo indeterminado, a partir do dia 1° de fevereiro. Na ação, a empresa pediu retorno de 70% do efetivo.

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