Três Lagoas | Da redação/com JPTL | 19/06/2013 15h58

Manifestantes param sessão na Câmara Municipal da cidade

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Três Lagoas (MS) - Seguindo a onda de protestos que vêm ocorrendo em todo o Brasil, em Três Lagoas não foi diferente. Cerca de 300 pessoas participaram de uma manifestação no final da tarde de ontem, quando conseguiram, inclusive, encerrar a sessão da Câmara Municipal antes do previsto. A sessão durou cerca de dez minutos e teve que ser encerrada pelo vereador Antônio Empke Júnior (PMDB), o Tonhão, que presidia os trabalhos no lugar do presidente Jorginho do Gás (PSDB), que estava viajando.

Para encerrar a sessão antes do previsto, Tonhão alegou que o Regimento Interno do Legislativo não permite manifestações com aplausos e gritos dentro do plenário. Algumas pessoas presentes à Câmara, que estava lotada de manifestantes, aprovaram a atitude dos participantes que estavam segurando faixas e cartazes com diversas frases. Em uma delas estava escrito: “Chega de farra nas diárias dos vereadores. Acorda Brasil”.

A manifestação estava composta por homens, mulheres, jovens, adultos e até crianças acompanhadas dos pais. Foi um movimento pacífico e que contou também com a presença da Polícia Militar, que garantiu a segurança dos participantes. Logo após deixarem a Câmara, os protestantes seguiram pelas ruas da cidade com faixas e cartazes. Em seguida, pararam em frente à casa da prefeita Márcia Moura (PMDB), na rua Monir Thomé, Centro, e também se manifestaram com gritos e apitos.

Na sequência, seguiram pela avenida Antônio Trajano dos Santos até a praça Senador Ramez Tebet. Alguns manifestantes, inclusive, subiram ao monumento histórico da cidade, o Relógio Central, portando a bandeira do Brasil e depois se reuniram na praça, onde traçaram algumas metas para a manifestação que acontece hoje, às 17h, no mesmo local.

De acordo com o sindicalista Paulo Roberto de Paula, a manifestação, que se iniciou no Facebook, a partir de agora ganhou as ruas. “Os jovens estavam ansiosos para exercer o direito de expressão. A pauta principal da manifestação é a luta contra a corrupção. Na Prefeitura, por exemplo, está havendo o loteamento dos cargos públicos, que estão sendo vendidos para os partidos políticos. Por isso, não sobra dinheiro para a saúde, educação, entre outras áreas. Até hoje, não foi apurado o superfaturamento dos marmitex e nem do novo prédio da Câmara Municipal. O povo não é besta. Hoje, a população quer saber quem superfaturou, por que e quem vai devolver o dinheiro”, comentou.

Para o manifestante, os vereadores não deveriam ter encerrado a sessão, e sim ter prosseguido com os trabalhos e ouvido as reivindicações da população. “Os vereadores fecharam as portas para a gente e ficaram com medo de discutir os problemas da cidade”, salientou.

A jovem Maurícia de Souza Alves, trabalhadora do comércio, estava com um cartaz protestando contra a farra das diárias dos vereadores de Três Lagoas. “Estou participando porque estou indignada com a corrupção que está acontecendo em Três Lagoas. São obras que não funcionam, a saúde com problemas e ainda essa farra com as diárias. É um absurdo  os vereadores gastarem R$ 100 mil com viagens. Esperamos que, a partir dessas manifestações, as coisas possam mudar não só em Três Lagoas, mas em todo o Brasil”, salientou.

Os manifestantes reclamaram também dos R$ 500 mil repassados para o Sindicato Rural realizar a Exposição Agropecuária de Três Lagoas, da falta de remédios nos postos de saúde, da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), que ainda está fechada, entre outras questões.

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