Três Lagoas | Da Redação/Com Assessoria de Comunicação de Três Lagoas | 18/02/2013 12h17

População deve estar atenta aos criadouros do Aedes Aegypti

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A Prefeitura de Três Lagoas, por meio da Secretaria Municipal de Saúde Pública e do Departamento de Vigilância em Saúde e Saneamento, nas intensas ações de enfrentamento à dengue que vem realizando há mais de 30 dias, volta a alertar a população a estar atenta e atuante na localização e eliminação dos focos criadouros do mosquito Aedes Aegypti.

O enfrentamento à dengue vem se concentrando em determinados bairros da Cidade, onde equipes de Agentes Comunitários de Saúde e de Agentes de Combate a Endemias, com o apoio e participação de um contingente de soldados da 2ª Companhia de Infantaria do Exército Brasileiro, passaram de casa em casa, para localizar e retirar em sacos de lixo todos os criadouros do mosquito transmissor da dengue.

Além do interior das casas, as ações de enfrentamento à dengue, em pleno andamento, também têm como alvo os terrenos e os quintais das residências, porque “está provado que o maior número de criadouros e os mais perigosos estão no interior das casas, nos quintais e jardins das residências”, alertou a secretária de Saúde Pública, Eliane Brilhante.

Para Eliane Brilhante, “a saída para acabarmos com a dengue em Três Lagoas está em todos se unirem com dedicação e responsabilidade na localização e eliminação do maior número possível de criadouros”, voltou a recomendar.

“Uma simples tampinha de garrafa, uma sacolinha de plástico e até um brinquedo velho, jogados nos nossos quintais, quando armazenam água, podem transformar-se em perigosos focos de mosquitos”, observou a secretária de Saúde.

“Infelizmente, percebemos que parte da nossa população ainda não se conscientizou da responsabilidade que todos temos no enfrentamento à dengue”, comentou Eliane Brilhante.

“Se não houver a participação responsável de todos os moradores, todo esse trabalho das nossas equipes da Saúde pode não dar em nada. Não podemos deixar que o mosquito tenha condições de proliferar e contaminar nossas crianças, nossos jovens e adultos e nossos idosos”, voltou a alertar a secretária de Saúde.

“Temos percebido que muitas pessoas, além de não participarem com a gente na busca e coleta dos criadouros em suas casas e quintais, após nossa saída continuam sujando seus quintais e terrenos”, informou o coordenador de Educação em Saúde, Fernando Garcia Brito.

“Não podemos permanecer somente em determinado bairro, temos que seguir em frente e passar de casa em casa, nos bairros onde temos os maiores índices de criadouros. A população precisa colaborar mais”, completou o coordenador de Endemias, José Carlos Santos Coelho, conhecido por “Baianinho”.

Ele também informou que, “apesar de intensas campanhas de conscientização quanto ao perigo da dengue e necessidade de eliminação dos criadouros, ainda tem gente que não colabora e nem se interessa em participar”, observou Baianinho.

BAIRROS

Seguindo um esquema de trabalho de ações diretas de enfrentamento à dengue, com o objetivo principal de localizar e retirar o maior número possível de criadouros das casas, quintais e terrenos, a Secretaria Municipal de Saúde disponibilizou um grupo de mais de 120 pessoas, que estão percorrendo os bairros.
 
O grupo está dividido em equipes de Agentes Comunitários de Saúde, Agentes de Combate a Endemias, devidamente uniformizados, e um contingente de soldados do Quartel da 2ª Companhia de Infantaria do Exército Brasileiro.

Desde que começaram essas ações específicas de enfrentamento à dengue, as equipes já percorreram residências, quintais e terrenos dos bairros Nossa Senhora das Graças, Vila Alegre, Vila Piloto, Colinos, Centro e parte dos bairros Santa Rita e Nossa Senhora Aparecida.

Os próximos bairros a ser percorridos pelas equipes da Saúde são: Cohab do JK, parte do Nossa Senhora Aparecida e do Santa Rita, Jardim Maristela e Jardim Oiti.

Acompanhados de, ao menos, um dos moradores da casa, as equipes, com o apoio e participação dos soldados do Exército, estão localizando e recolhendo todos os criadouros em sacos de lixo, ou seja, tudo o que possa armazenar água, e são amontoados em frente às residências, para serem recolhidos em caminhões.

“Os caminhões não estão recolhendo galhadas nem entulhos, mas apenas criadouros e outros materiais que possam armazenar água e se transformar em focos do mosquito da dengue”, informou o coordenador de Educação em Saúde.

Todo o pessoal de enfrentamento à dengue está devidamente uniformizado e identificado com crachá. Se houver qualquer problema na identificação do Agente Comunitário de Saúde ou do Agente de Combate a Endemias, o morador deve comunicar-se imediatamente com a Diretoria de Vigilância em Saúde, pelo telefone 3929-9952 ou 3929-9948.

CASOS DE DENGUE

Segundo o Boletim Epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde, três Lagoas tem 524 casos notificados de dengue, acumulado do ano de 2013, até sábado de Carnaval (9).

Desse total, 25 casos foram confirmados pelos resultados laboratoriais e 30 também haviam sido descartados porque apresentaram resultado negativo, segundo comprovou o Laboratório Central de Saúde Pública de Mato Grosso do Sul (Lacen-MS), para onde são enviados as coletas de sangue para exames.

Devido às condições climáticas favoráveis à proliferação do mosquito da dengue, vem crescendo o número de notificações de casos da doença em Três Lagoas.

Passadas as primeiras 9 semanas epidemiológicas de 2013, foi constatado crescimento gradativo do número de casos notificados da dengue. Iniciamos com 15 casos, passamos para 25, depois 74, 102, 175 e nesta última semana, houve um pequeno retrocesso, quando foram registrados 133 casos notificados.

Apesar disso, Três Lagoas ainda se encontra em situação privilegiada em relação a outros municípios do Estado, como Campo Grande, Naviraí, Bonito, Nova Andradina e Coxim, onde os índices epidemiológicos são altos em relação ao número de habitantes.

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