Três Lagoas | Da redação/com JPTL | 23/04/2013 13h31

População é favorável à implantação da zona azul

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Três Lagoas (MS) - A implantação da zona azul, hoje em fase de estudo em Três Lagoas, foi apontada por muitos três-lagoenses como solução para a falta de vagas de estacionamento existentes na área central da cidade. A equipe de reportagem do Jornal do Povo foi às ruas ouvir a opinião da população sobre a implantação da zona azul na área central de Três Lagoas. Entre os entrevistados, a maioria é favorável. Eles alegam que é melhor pagar e ter vagas, ao contrário de hoje, que o estacionamento é de graça mas é “quase” impossível encontrar um lugar disponível para estacionar.
No time dos favoráveis está o comerciante Vanderlei Duarte, 51. Para ele, é necessário implantar a zona azul para desafogar a área de estacionamento na região central. Na opinião de Duarte, hoje, boa parte das vagas é ocupada por comerciantes, funcionários do comércio, da rede bancária e Correios. “Os lojistas chegam a perder vendas por conta da falta de vagas”, frisou.

A comerciante Irani Aparecida Moreira, 58, que também defende a regulamentação do estacionamento, buscou uma alternativa. Ela paga R$ 50 mensais para deixar o automóvel, durante o dia todo em um estacionamento particular. “Acredito que assim deixo de ocupar uma vaga”. E ressaltou: “Se não tiver vagas próximo à minha loja, eu perco venda. O três-lagoense não tem o costume de caminhar muito para comprar”.
Entretanto, o comerciante Célio de Oliveira, 43, é contra a zona azul. Segundo ele, o brasileiro já paga inúmeros impostos, e, agora, vai ter pagar até por uma vaga. “Nossos gastos só aumentam a cada dia”, falou.

O gerente de transportes José Edivaldo Ferreira Silva, 44, engrossa a fila dos favoráveis. Para ele, a zona azul dará rotatividade para os motoristas à procura de lugar para estacionar. Além disso, evitará que alguns carros permaneçam na mesma vaga o dia todo. “Com a frota atual de Três Lagoas é impossível não contar com este serviço”, acrescentou.

O produtor de imagem, Márcio Santos de Freitas, 33, também defende a regulamentação de estacionamento. Ele conta que por várias vezes não encontrou uma única vaga para estacionar nas ruas do centro. “Já aconteceu de ficar rodando por mais de 10 minutos e não encontrar nada. Quando isso acontece, tenho duas alternativas: ou vou embora, ou estaciono de três a quatro quadras distante do local aonde vou”, explicou.

Em reposta à reivindicação da maioria dos três-lagoenses, o Jornal do Povo ouviu Flávio Milanez Thomé, diretor do Departamento Municipal de Trânsito (Deptran), sobre a regulamentação do estacionamento na área central. Porém, ao ser questionado sobre quando a zona azul poderá se tornar realidade em Três Lagoas, o diretor preferiu não estabelecer prazos. Ao que tudo indica, a implantação deste serviço está longe de acontecer na cidade.

Na opinião do diretor, o três-lagoense precisa, primeiro, mudar a cultura de estacionar defronte à loja em que deseja entrar. “Nos grandes centros, as pessoas caminham até 500m para fazer compras, ir ao banco etc. Isso dificilmente acontece aqui”, ressaltou.

De acordo com Thomé, o Deptran fez um estudo no quadrilátero que abrange desde a avenida Rosário Congro até a Capitão Olyntho Mancini, e da Filinto Müller a Eloy Chaves. Com base neste levantamento, os técnicos constataram que naquele trecho o número de vagas disponível é 2.813. Desse total, 1.719 são para carros, 1.053 para motos, 12 para idosos, oito para deficientes físicos, e 21 outras que se destinam a casos especiais, como, por exemplo, para vagas de emergência próximas a farmácias.

Porém, segundo informações do diretor, este estudo foi encaminhado para a prefeita Márcia Moura (PMDB) para análise. Na opinião do Executivo, o ideal para implantar a zona azul na cidade é aguardar a conclusão do projeto de revitalização da Avenida Rosário Congro (retirada dos trilhos), que está sendo feito por profissionais do governo Estadual.

Conforme Thomé, no momento, está sendo estudada a documentação para elaborar o edital de licitação. O diretor também está visitando alguns municípios que contam com esse serviço. Ele explicou que a empresa vencedora terá que realizar um investimento alto, como pintar sarjetas, numerar vagas, reforçar sinalização, instalar parquímetro (dispositivo eletromecânico usado para controle de estacionamento rotativo em vias públicas), entre outros gastos. “Para vencer a concorrência, a empresa terá que oferecer técnicas satisfatórias e bom preço”, disse.

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