Três Lagoas | Da Redação/Com JPTL | 08/06/2012 19h25

População terá acesso online à qualidade do ar

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Três Lagoas já conta com duas estações de monitoramento da qualidade do ar. Uma, instalada pela Fibria, na escola do Parque São Carlos, e a outra, de responsabilidade da Petrobras, em razão da operação da termelétrica, implantada no Senai. Mas, nos próximos meses, a cidade contará com mais duas estações de monitoramento. A Eldorado Brasil está instalando uma no pátio do Primeiro Distrito Policial, devido à construção da fábrica de celulose no município e a outra ficará no prédio do Erpe, e será de responsabilidade do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (IMASUL).

Segundo a fiscal do IMASUL, Délia Vila Mayor Javorka, o monitoramento realizado pela estação da Fibria e da Petrobras indica que a qualidade do ar em Três Lagoas é boa, conforme prevê a resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).

Ela informou que os dados são acompanhados pelo órgão. “A cada dois meses, a Fibria envia-nos um relatório com todos os dados”, disse. Entretanto, dentro de dois meses o Imasul poderá acompanhá-los em tempo real. Para isso, o órgão já adquiriu um software desenvolvido pela equipe da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), que irá convergir todos os dados das estações de monitoramento para um servidor, possibilitando que o Imasul faça o acompanhamento da qualidade do ar em tempo real.

No entanto, a fiscal do Imasul disse que a ideia é que toda a população tenha acesso online à qualidade do ar. “Através do site do Imasul, qualquer cidadão poderá ter informações sobre a qualidade do ar”, destacou. Ela acredita que até o final do ano, isso já será possível.

Segundo Délia, esse é um projeto piloto e Três Lagoas será a primeira cidade no Estado a contar com essa rede telemétrica para monitorar a qualidade do ar em tempo real. O monitoramento, de acordo com ela, é de responsabilidade do Estado, embora a implantação das estações esteja condicionada às licenças ambientais emitidas em razão da instalação das empresas no município. “São equipamentos que custam cerca de R$ 1,5 milhão. Como essas empresas geram grandes impactos e interferem na qualidade do ar, condicionamos isso na licença ambiental”, explicou a fiscal.

A instalação dos aparelhos de monitoramento do ar, de acordo com a fiscal, depende de estudos. O equipamento é instalado de acordo com a área de influência onde são dispensadas as emissões de gases das indústrias na atmosfera. “Os aparelhos são instalados através de estudos de impactos nos quais os ventos predominantes levam interferência do empreendimento”, explicou.

Odor

De acordo com a fiscal do Imasul, a Eldorado passou a contar com a Rede de Percepção de Odor. A Fibria já possui essa rede e uma central de atendimento para receber as reclamações da população em relação ao mau cheiro. A rede é formada por pessoas da comunidade, as quais receberam treinamento especifico para isso. Ela informou que algum mau cheiro que, às vezes, as pessoas sentem pode ser oriundo de esgoto, de curtume, ou de outro local. 

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