Três Lagoas | Da redação/ com JP News | 07/02/2015 09h41

Preço do litro da gasolina chega a R$ 3,51

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Três Lagoas (MS) - O consumidor três-lagoense começou o mês de fevereiro sentindo no bolso o aumento das alíquotas do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Confins) na gasolina e no óleo diesel. Em menos de uma semana, o preço da gasolina aumentou 9% na bomba.


De acordo com levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio da gasolina hoje praticado em Três Lagoas é de R$ 3,437, sendo R$ 3,299 o preço mínimo e chegando até a R$ 3,51, entre os postos de combustíveis pesquisados.


O valor corresponde a um reajuste de aproximadamente R$ 0,30 no preço médio do combustível, que havia encerrado o mês de janeiro na faixa de R$ 3,13 o litro, em média. O aumento já era esperado desde janeiro, quando o governo federal anunciou o reajuste das alíquotas. Na época, foi anunciado a expectativa de um acréscimo de R$ 0,22 no preço da gasolina nas refinarias, que, seria repassado integralmente às distribuidoras.


Ainda segundo dados da ANP, acessados no início da noite de ontem, dos 14 postos de combustíveis pesquisados pela agência, apenas dois apresentaram preços abaixo de R$ 3,30 (R$ 3,299); quatro variaram de R$ 3,38 à R$ 3,39 e o restante, oito, adotaram preços iguais ou superiores a R$ 3,450, sendo que destes, dois chegaram a R$ 3,519.


O levantamento mostrou também que o aumento em Três Lagoas ficou um pouco acima da média nacional. No Brasil, a alta foi, em média, de 7,5%. O valor médio praticado no país é de R$ 3,26, após o reajuste. Já no Estado, a cidade ficou, pela primeira vez, com preço inferior ao praticado em Campo Grande. Na capital, apontou o levantamento de preços da ANP, o valor médio é R$ 3,465. Já em Corumbá e em Dourados, o litro da gasolina chegou a R$3,52 e R$ 3,49, respectivamente. No entanto, a cidade com o combustível mais caro é Paranaíba, preço médio de R$ 3,59 o litro na bomba.


CONSUMIDORES

Mesmo assim, os consumidores estão tendo que adequar a rotina à nova realidade do mercado. Alguns deles, por exemplo, trocaram os carros por motocicletas, mais econômicas, e outros, já estão bolando sistema de rodízio com amigos e parentes, seja para o trabalho ou para levar os filhos para a escola.


Este foi o caso de Patrícia Leon, 39 anos. Após o reajuste,  a dona de casa adotou sistema de rodízio de carro com o cunhado:  ela é responsável por buscar os filhos e sobrinhos na escola, enquanto o seu cunhado leva as crianças. “Moro num bairro afastado do centro, é complicado ter que fazer tudo de carro. A única economia que a gente consegue fazer é para ir para escola, que meu cunhado leva meus filhos e os dele e eu os busco. Mas nas outras atividades, eu que tenho que levar.”, disse.


Já Leonardo Moraes, 27 anos, não anda mais sozinho de carro. O empresário combinou com três amigos do trabalho de revezarem na hora de irem ao trabalho. “Faço rodízio de carona com amigos do trabalho. Seriam três carros rodando, mas aí a gente se organizou para ir todos num só”. O jovem disse que pretende comprar uma moto neste ano.


O pedreiro José Ramos, 34 anos, optou pela bicicleta para ir trabalhar. Antes disso, ele também costumava ir para o trabalho de carona com a equipe da construção. No entanto, nem essas medidas estão ajudando muito.  “Mesmo que eu não use para ir trabalhar, minha esposa usa no dia-a-dia e acabo precisando abastecer toda semana. Tenho um gasto de até R$30 por semana.”

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