Projeto do Hospital Regional deve ser finalizado em 40 dias

A administração municipal irá publicar dentro de dez dias edital para a contratação de uma empresa, a qual irá elaborar o projeto arquitetônico e executivo do Hospital Regional, que será construído em Três Lagoas. Segundo o secretário de Finanças, Planejamento e Controladoria, Walmir Marques Arantes, dentro de 40 dias esse projeto tem que estar pronto e entregue no Ministério da Educação (MEC). Essa é uma das etapas para a instalação da Faculdade de Medicina no município.

De acordo com o secretário, a elaboração do projeto deve custar cerca de R$ 1,5 milhão. Ele informou que a parte da Prefeitura nesse processo será a contratação da empresa projetista e viabilizar o terreno. A construção do hospital, orçado em R$ 30 milhões, ficará a cargo do governo do Estado, e a faculdade será construída com recursos do MEC. O hospital terá 100 leitos para atendimento de alta e média complexidade. Já o curso de medicina será iniciado com 60 vagas. As inscrições devem ser abertas no próximo ano, e as aulas têm previsão para começar em 2014.

Na manhã de ontem, a prefeita Márcia Moura (PMDB) recebeu em seu gabinete os representantes da comissão que foi formada para discutir o projeto no município. Algumas atribuições foram repassadas aos profissionais, a fim de que o projeto seja elaborado conforme as exigências estabelecidas. O vice-reitor da UFMS, João Ricardo Tognini, esteve presente e disse ao Jornal do Povo que estudos preliminares são necessários, já que um projeto hospitalar é complexo e deve ser feito de acordo com as necessidades, não só assistenciais, mas com as acadêmicas também. “O projeto tem que começar de forma consistente para que se torne uma realidade em Três Lagoas”, destacou.

Tognini informou que é preciso também ser feito um estudo da área que deve abrigar os empreendimentos. Tudo caminha para que a faculdade e o hospital sejam construídos em uma área da Companhia Energética de São Paulo (Cesp), localizada na BR-262, próximo ao campos II da UFMS. A empresa deverá ceder o terreno para o município. “A área precisa ser de fácil acessibilidade para a população e acadêmicos. É preciso ser um terreno que tenha espaço físico para uma possível ampliação, já que outros cursos ligados à área de saúde podem ser implantados futuramente”, comentou.

Após a contratação da empresa projetista, o vice-reitor disse que caberá à comissão auxiliar a parte técnica de engenharia e arquitetura na elaboração do projeto arquitetônico e executivo.

Tognini destacou o empenho da administração municipal, em especial da prefeita Márcia Moura, para que a faculdade e o hospital tornem-se realidade. “Pelo interesse e esforço da administração, não há como esse projeto não dar certo”, frisou. Ele ressaltou que, após o início da viabilização do hospital, o MEC informará qual será o modelo de gestão hospitalar. “A Faculdade de Medicina e o Hospital Universitário vão mudar a saúde na região. Vale ressaltar que o Estado tem uma grande defasagem de leitos”, salientou.

De acordo com Walmir Arantes, a modalidade de licitação para a contratação da empresa projetista será a de pregão presencial. “Esse é o processo mais rápido, já que temos presa na elaboração do projeto, pois as obras do hospital começam ainda esse ano”, informou.