Três Lagoas | Da Redação/Com Jornal do Povo de Três Lagoas | 28/05/2012 12h45

Quase 70% dos domicílios estão sem identificação

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Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) apontam que mais de 68% da população três-lagoense que moram em domicílios particulares onde inexiste placas com os nomes das ruas. O índice é resultado de mais uma etapa concluída do Censo 2010, denominada “Características Urbanísticas do Entorno dos Domicílios”, divulgada ontem pelo instituto.

De acordo com o levantamento, das 93.071 pessoas que moram em domicílios particulares em Três Lagoas, 60.990 não contam com endereços devidamente identificados (31.717 possuem identificação do logradouro e 334 não responderam aos pesquisadores).

O levantamento serviu para quantificar um drama vivido há muitos anos por boa parte da população. Problemas como falta de identificação de ruas, casos de duplicidade de nomes ou grafia incorreta e números desordenados ou repetidos são algumas das situações encontradas nos bairros da cidade, o que acaba gerando transtornos à população e turistas. Ao todo, o IBGE levantou o total de 30.226 domicílios em Três Lagoas. Desses, 20.005 domicílios não estão identificados.

Polêmica

A questão referente aos nomes de ruas em Três Lagoas vem sendo discutida desde 2008. Neste período, foi formada uma comissão multidisciplinar para tratar do assunto. Entretanto, nenhuma medida efetiva foi implantada. Os trabalhos da comissão resultaram em um projeto de lei que tramita entre os poderes Executivo e Legislativo há três anos. Entre as soluções propostas pela equipe, estavam a regularização dos nomes e numeração das vias públicas, além do fim dos casos de duplicidade. Pelo projeto, foi definido que o marco zero de Três Lagoas será no cruzamento das avenidas Rosário Congro e Filinto Müller. A partir dessa definição, não poderá mais existir numeração igual na mesma rua. 

No ano passado, entretanto, o projeto foi retirado da pauta da Câmara de Vereadores para novas alterações. Entre os temas que seriam introduzidos no texto na época, estavam os referentes aos novos loteamentos e também às mudanças que serão geradas pela retirada dos trilhos do perímetro urbano.

Calçadas

O levantamento do IBGE sobre o entorno dos domicílios de Três Lagoas também apontou outra problemática antiga: a falta de calçadas. Segundo o Censo 2010, atualmente 53.081 moram em residências sem calçadas regulares, o equivalente a 60% moradores de domicílios particulares. Com exceção deles, 39.646 pessoas possuem calçadas regulares e 344 não responderam à pesquisa. A falta de conscientização da população e de fiscalização pela Prefeitura são alguns dos motivos para o alto índice. A obrigatoriedade para o morador em calçar a parte externa do imóvel está prevista no Código de Posturas do Município. Por essa razão, o residente poderá ser multado caso descumpra a determinação.

Pavimentação

No que se refere ao meio-fio e às guias, os números são um pouco mais animadores. Conforme o Censo, até 2010, 42.249 pessoas contavam com guias em frente de seus meios-fios. Porém, a maioria - 50.478 pessoas - não contava com a benfeitoria. 
O déficit de guias mostra que Três Lagoas ainda está longe de atingir o sonho antigo da pavimentação. A construção delas é de responsabilidade da Prefeitura. Atualmente, nos contratos do município com empresas terceirizadas é exigido que estas façam as guias paralelamente às obras de asfalto. Até 2010, o IBGE quantificou o total de 14.314 domicílios com ruas pavimentadas e 15.790 em vias não asfaltadas. Pelo índice, 49.861 moradores ainda não são beneficiados pelo serviço. O índice de iluminação pública é de quase 100%.

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