Três Lagoas | Da redação/com JPTL | 01/08/2013 10h38

Queixas contra TelexFree somam 9 mil reais em Três Lagoas

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Três Lagoas (MS) - Três três-lagoenses registraram queixas no Programa de Proteção e Defesa do Consumidor da cidade (Procon/TL) contra a empresa TelexFree, do Acre, investigada pela prática de pirâmide financeira. 

Conforme a diretora do Procon, Lilian Campos, as três reclamações estão relacionadas à dificuldade de recuperação do dinheiro investido na empresa. Juntas, as três queixas somam um prejuízo de R$ 9 mil aos consumidores. A primeira queixa foi registrada no dia 15 de junho, logo após o Procon de Três Lagoas anunciar que estaria recebendo denúncias contra esse tipo de empresa. O consumidor lesado alega estar com dificuldade de receber pouco mais de R$ 3 mil. O segundo registro aconteceu no dia seguinte, pelo mesmo motivo. No entanto, o investimento havia sido um pouco mais alto, R$ 3,078 mil. Já na terceira queixa feita até o momento, o consumidor alega dificuldade em reaver R$ 2.921 mil.

Lilian explicou que nos três casos foram abertas os registros de queixas e marcada as audiências com a empresa, primeiro passo em busca de uma conciliação antes que o caso seja encaminhado ao judiciário. As audiências estão previstas para a segunda quinzena desse mês e, caso não haja acordo, a empresa deverá ser multada e o caso será encaminhado à Justiça. “Estamos acompanhando os casos que vem sendo registrados em Campo Grande. Mas, lá também ainda não foi realizada nenhuma audiência, por isso não há como prever o comportamento da empresa. No entanto, se não houver acordo, a empresa denunciada será multada e, de preferencia, em valores próximos ao dano causado ao consumidor”, disparou.

VÍTIMAS

Embora os valores sejam expressivos, a diretora lembra que o número de consumidores lesados por esse tipo de empresa pode ser ainda maior. Além das três queixas feitas, todas contra a mesma empresa, outras duas pessoas buscaram informações no Procon, mas sem registro de reclamação. “O que acontece é que muitas pessoas ainda acreditam na empresa e não querem registrar a queixa. Tivemos um caso recente, bastante atípico, em que o consumidor queria fazer uma queixa contra a Justiça pela ação movida contra uma dessas empresas. Nós tivemos que explicar para ele o motivo dessa investigação”, completou.

Porém, para a diretora do Procon, essa situação, poderá ser revertida assim que sair o resultado dessas três audiências. “Muitas pessoas estão aguardando o resultado desses três casos pra decidir o que irão fazer”.

Mesmo assim, Lilian reforça aos consumidores que se sentirem lesados por alguma empresa que atua nesse formato, procurar o programa de defesa do consumidor. “Não estamos falando apenas da TelexFree e BBom. Essas estão mais na mídia, mas existem outras 13 no mesmo formato sendo investigadas. É importante que os consumidores que se sentirem lesados nos procurem para tentarmos resolver essa situação”, completou.

Já para aqueles que ainda não ingressaram no sistema, a diretora alerta: “Não invista nesse em empresas com promessas de ganho fácil e alto. Não existe isso. Essas empresas trabalham em formato de pirâmide financeira, não há um produto à venda, mas sim o recrutamento de pessoas, em que chegará um momento em que a pirâmide se tornará insustentável”, disparou.

Tribunal do Acre volta a rejeitar recurso da empresa TelexFree

O Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) voltou a rejeitar recurso que pretendia a retomada das atividades da empresa TelexFree. O caso foi analisado nesta segunda-feira pela 2ª Câmara Cível, mas a decisão foi divulgada apenas na terça-feira.  O funcionamento da TelexFree foi suspenso em junho após suspeita de prática de pirâmide financeira, proibida pela legislação brasileira.

No recurso ao TJAC, a empresa alegava que a decisão tomada pela corte no dia 8 de julho precisava ser reformada por violar questões técnicas. O colegiado entendeu, no entanto, que não havia erros a serem corrigidos, e sim inconformismo com o resultado do julgamento.

Após intervenção do judiciário acriano, interessados no desfecho do processo envolvendo a TelexFree chegaram a recorrer ao Superior Tribunal de Justiça e ao Supremo Tribunal Federal, mas todos os recursos foram negados.

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