Três Lagoas | Da Redação/Com Jornal do Povo de Três Lagoas | 05/02/2013 15h07

Trabalhadores vêm em busca de empregos em Três Lagoas

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Em busca de melhores condições de vida, trabalhadores de várias regiões do país não param de chegar a Três Lagoas, na tentativa de conseguir um emprego. Eles vêm com a expectativa de serem contratados pelo Consórcio UFN 3, responsável pela construção da fábrica de fertilizantes da Petrobras.

Em frente ao escritório do consórcio, o movimento de pessoas tem sido grande nos últimos dias, já que, conforme o estágio da obra, aumenta a necessidade de contratações. No local, há pessoas de várias regiões do Brasil. Muitas delas vêm de longe, da região nordestina, por exemplo, e de outras cidades mais próximas, como Castilho (SP), Brasilândia (MS), entre outras do interior de São Paulo.

A maioria dos trabalhadores alega que falta emprego em suas cidades de origem, por isso vieram para Três Lagoas na tentativa de conseguir uma oportunidade de trabalho. Muitos deles disseram que ficaram sabendo da construção da fábrica de fertilizantes através de terceiros. Foi o caso do mecânico montador, Alexandro Dias Santos, que veio de Santos (SP) por intermédio do seu primo, que já trabalha na obra.

Trabalhadores de cidades próximas também têm frequentado o escritório do consórcio na expectativa de serem contratados, inclusive mulheres. Denise Egídio da Silva, de 43 anos, mora em Castilho (SP). Ela disse que lá não tem emprego, por isso veio trabalhar em Três Lagoas, onde já prestou serviço na Mabel. “Lá em Castilho, ou você trabalha na Prefeitura ou fica desempregada. Por isso, a gente tem que trabalhar em Três Lagoas ou Andradina”, comentou.

Renata Maria, de 31 anos, também é moradora de Castilho. Ela contou que já trabalhou em um hotel e na Mabel em Três Lagoas. “É difícil conseguir um emprego em Castilho. Aqui tem. O problema é que algumas empresas não oferecem o vale-transporte, daí fica difícil”, disse a auxiliar industrial e de limpeza.

Cassia Maria dos Santos, de 46 anos, reside em uma chácara nas proximidades de Brasilândia e também está na expectativa de ser contratada pelo Consórcio UFN 3. “Há muitas pessoas de Brasilândia que trabalham nessa obra, e lá passa o ônibus da empresa, então, para mim, não haveria dificuldades”, comentou. José Pereira dos Santos, de 53 anos, veio do Paraná, com a mesma intenção. “Fiquei sabendo que a empresa estava contratando, então eu vim para ver se consigo um emprego de carpinteiro. Estou aqui na expectativa”, disse.

Atualmente, mais de três mil operários trabalham no canteiro de obras da fábrica. A perspectiva é que esse número aumente e que, no mês de julho, a obra alcance seu auge. Nesse período, segundo a assessoria da Petrobras, serão gerados sete mil empregos diretos.

A unidade entrará em funcionamento em 30 de setembro de 2014. Na fase de operação, a unidade de fertilizantes irá oferecer 510 postos de trabalho. A UFN III terá capacidade de produção de 1.210.000 toneladas de ureia e 761 mil toneladas de amônia por ano. A nova fábrica será a maior unidade de fertilizantes nitrogenados da América Latina e dobrará a produção nacional de ureia. O investimento é de R$ 3,567 bilhões.

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