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Três Lagoas | Da redação/com JPTL | 16/08/2013 10h08

UPA em Três Lagoas entra em funcionamento mas não como micro hospital

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Três Lagoas (MS) - Até o início do próximo mês o prédio da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) fechado há mais de três anos, será aberto para o atendimento da população. Entretanto, não funcionará como UPA e sim como um Pronto Atendimento, uma extensão do “Postão”. Na próxima semana está prevista uma entrevista coletiva à imprensa, ocasião em que a prefeita Márcia Moura (PMDB) explicará com detalhes o funcionamento da nova unidade de saúde.

O secretário de Governo da Prefeitura, Walmir Arantes, afirmou que a administração municipal não dispõe de recursos orçamentários para colocar o prédio em funcionamento como Unidade de Pronto Atendimento, pois a Prefeitura precisaria de um aporte financeiro no valor de aproximadamente R$ 700 mil por mês. “É um gasto muito grande. Para esse ano, a Prefeitura não possui recursos para fazer a unidade funcionar como UPA. Não temos orçamento para isso”, destacou.

Questionado se a Prefeitura não analisou isso antes de construir a UPA, justificou que isso ocorreu há quatro anos e que agora o município está diante de uma nova realidade. “O importante é a população ser bem atendida, não importa se é UPA ou Postão”, argumentou.

Jornal do Povo apurou que o Ministério da Saúde não teria autorizado a Prefeitura mudar a classificação da UPA, porque deveria funcionar como Unidade de Pronto Atendimento, uma vez que o recurso utilizado para a construção do prédio foi destinado para essa finalidade. O secretário Walmir Arantes disse que para tudo existe uma justificativa plausível e que neste caso, a principal dela seria a falta de recursos para colocar em funcionamento a unidade de saúde como UPA.

Com a mudança,em relação ao tipo de atendimento a ser oferecido no novo prédio, o município deixaria de receber recursos para funcionamento da UPA. Contudo, Arantes adiantou que o recurso destinado para Unidade de Pronto Atendimento é pouco em comparação ao gasto.

Ainda de acordo com o secretário, o serviço que seria prestado na UPA é o mesmo que o Hospital Auxiliadora oferece. “O hospital já oferece esse serviço, e depois que passou a ter gestão compartilhada com a Prefeitura melhorou em muito o atendimento. Hoje, não temos condições de manter o hospital e uma UPA oferecendo o mesmo serviço”, justificou.

PA

Ainda segundo apurado pelo JP, a intenção inicial da Prefeitura seria fechar o Pronto Atendimento (PA), o “Postão” para reforma e remanejar os funcionários para atendimento no prédio, que leva o nome de UPA. Arantes, por sua vez, disse que, mesmo com a reforma, não haverá a necessidade do fechamento do PA. “Não vamos fechar o Pronto Atendimento, a prefeita quer manter os dois serviços funcionando”, frisou.

Indagado, se a Prefeitura vai convocar as pessoas que passaram no concurso público para o preenchimento de cargos previsto para a UPA, disse que agora não, mas que tem até dois anos para fazer isso. Entretanto, o JP apurou que a intenção da Prefeitura é cancelar esse concurso público, uma vez que o prédio não funcionará como UPA. Para evitar mais gastos, a administração municipal pretende utilizar os mesmos funcionários do “Postão” na nova unidade e faria ainda algum remanejamento de servidores de outras unidades de saúde.

O promotor Fernando Marcelo Peixoto Lanza está apurando essa situação, e disse que se necessário, entrará com uma ação contra a Prefeitura para garantir as vagas das pessoas que prestaram concurso no ano passado. Arantes por sua vez, alegou que a Prefeitura, nesse momento, não tem condições de contratar 120 novos funcionários.

O prédio da UPA já está todo equipado, recebendo os últimos retoques para entrar em funcionamento nos próximos dias. E, como no prédio estão instalados equipamentos mais modernos dos que habitualmente são utilizados pelo serviço de saúde pública, os funcionários que vão trabalhar no local receberão treinamento.

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