Vereadores da cidade não falam em redução de gastos excessivos
Três Lagoas (MS) - Os vereadores de Três Lagoas que usaram a tribuna na Câmara Municipal na sessão dessa terça-feira foram unânimes em dizer que apoiam o movimento “Vem Pra Rua”, que protesta contra a corrupção e os gastos excessivos do dinheiro público no município, entre outras questões. Apesar de declararem que apoiam as manifestações, nenhum vereador falou em reduzir os gastos com diárias e nem se pretendem reduzir o valor delas.
O vereador Gilmar Garcia Tosta, ao discursar na tribuna, chegou a comentar que é preciso “cortar na própria carne”, mas não falou como. Não disse se seria reduzido o valor das diárias deles, consideradas exorbitantes, já que, para viagens dentro do Estado, recebem R$ 900,4 e, para fora de Mato Grosso do Sul, têm direito a R$ 1.350. Além disso, não falou também se pretende diminuir ou acabar com a verba indenizatória, no valor de R$ 4 mil a que os vereadores têm direito para ressarcir gastos com gasolina, aluguel de veículos, entre outros, assim como o subsídio mensal de R$ 10.021.
Tosta comentou que foi autor do projeto de lei contra o nepotismo, que impede os políticos de contratar parentes para cargos públicos, assim como dos projetos que impede o voto secreto na Câmara e do que reduz as férias dos parlamentares de 90 para 60 dias. “Não compactuo com falcatrua e pilantragem”, declarou Gilmar.
Gil do Jupiá (PSB) foi outro que realizou um discurso moralizador. “É uma vergonha a corrupção nesse país, principalmente em Brasília. Tem quer ser feita uma mobilização mesmo para mudar tudo, inclusive em Três Lagoas”, declarou na tribuna, ao dizer que apoiava o movimento, porém, também não falou se pretendia lutar para reduzir o valor das diárias e da verba de gabinete.
O vereador Beto Araújo (PSD) disse que compartilha com todas as reivindicações do movimento e que sempre desejou o fim da corrupção na política, mas também nada propôs para acabar com os gastos excessivos no Legislativo Municipal. Do mesmo modo, o vereador Jorge Martinho (PSD) usou a tribuna para continuar criticando os atos do Executivo e dizer que apoia o movimento contra a corrupção, mas não disse o que se esperava: que eles começariam dando o exemplo.
O presidente da Casa, Jorginho do Gás (PSDB), disse que apoia todo e qualquer movimento pacífico, contudo, também não propôs nada, enquanto ordenador de despesas, para evitar os gastos excessivos. Os demais parlamentares que utilizaram a tribuna também falaram sobre a pauta de reivindicações do Movimento “Vem pra Rua” e se mostraram solidários aos protestos realizados na cidade.
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