Cassilândia | Com A Tribuna News | 19/10/2011 09h25

Zootecnista dá palestra para produtores rurais na Prefeitura

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Maria Eloá de Souza Rigolin é zootecnista formada pela Univesidade Estadual de Maringá (UEM), possui especialização em produção de gado leiteiro pela universidade MC GRILL, do Canadá, e pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), possui ainda uma especialização em gestão pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiros (ESALQ), da Universidade de São Paulo (USP). A gabaritada zootecnista é Diretora Executiva da Produzoo, uma empresa de Ivinhema (MS) que trabalha com planejamento e consultoria no ramo da agropecuária e esteve na Prefeitura Municipal de Cassilândia, onde deu uma palestra sobre seu trabalho.

O Prefeito Carlinhos do TRR (DEM), o Secretário Municipal de Obras, Marcos Leite e o Secretário Municipal do Desenvolvimento, Mário Antônio Freitas, com alguns agropecuaristas do município, participaram da palestra, que teve por intuito levar ao conhecimento dos produtores técnicas novas e empreendedoras de criação e cultivo, assim como explanar acerca das possibilidades e linhas de crédito.

A zootecnista explica que as maiores dificuldades enfrentadas na produção são com o solo, o clima e o cultivo. Ela esclarece que o ciclo extrativista convencional ocasiona, a longo prazo, a desertificação do solo e traz à tona uma modalidade nova, que parece ser a solução para tal problema, o agrosilvipastoril.

A técnica do agrosilvipastoril consiste na produção integrada de plantio de árvores comerciais; gramíneas e leguminosas; e gado bovino. Segundo Eloá, esse ciclo produtivo é o mais indicado pois conserva o solo, aumenta a qualidade do que se produz, seja na parte agrícola ou na pecuária e, consequentemente, aumenta o lucro.

O aumento na qualidade produtiva e na rentabilidade se deve aos seguintes fatores: a árvore ajuda a conservar o solo, evita o desgaste e a erosão, além de aumentar a atividade microbiológica e promover maior aproveitamento dos nutrientes e melhorar o clima. Se plantadas na quantidade e distância corretas, para produzirem sombra na medida certa, as árvores contribuem para que as leguminosas e gramíneas se desenvolvam mais rápido e com maior qualidade. Rigolim explica que o capim produzido entre as árvores, com a sombra ideal, possui mais proteína. A maior quantidade de proteína agregada à sombra proporciona bom comportamento, maior ganho de peso e maior produção de leite ao rebanho, assim o ciclo se fecha.

A zootecnista diz que o agrosilvipastoril é benéfico ao solo, que é conservado e tem bom aproveitamento de seus nutrientes; às plantas e árvores a serem cultivadas no solo mais fértil; ao gado, que se alimenta das plantas e se beneficia com a sombra; e ao produtor, que passa a contar com vários meios de produção, o que propicia uma renda maior.

Os produtores rurais saíram animados da palestra e interessados na modalidade empreendedora de produção agrosilvipastoril. O interesse se intensifica devido à possibilidade de implantação de seringais no município de Cassilândia.

Mais encontros estão previstos para os próximos meses. É um projeto que, a longo prazo, pode ser benéfico não só para os produtores, mas para a cidade, uma vez que aumenta renda e a visibilidade do município.

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