Desenvolvimento Econômico | Com Gisele Mendes | 22/02/2017 09h08

Três Lagoas se destaca no Brasil na geração de emprego

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O município de Três Lagoas volta a se destacar no setor econômico do Brasil em época de crise e conquistou o primeiro lugar no ranking de cidades que fecharam o ano de 2016 com saldo positivo na geração de emprego.

De acordo com dados do Caged (Cadastro Geral de Empregos e Desempregados), o município registrou mais contratações do que demissões no ano passado e fechou 2016 com saldo positivo de 3.509 postos de trabalho. Em segundo lugar ficou a cidade de Juazeiro, na Bahia, com 1.956 e em terceiro, Nova Serrana, em Minas Gerais com 1.904.

Recentemente, matérias veiculadas em dois grandes jornais televisivos, de circulação nacional, foram responsáveis por grandes especulações em Três Lagoas, já que desempregados apontam que a cidade não oferece tantas vagas assim, já que estão há meses sem trabalhar.

O setor responsável pelo bum na geração de empregos é o da indústria e a cidade prova do sabor do desenvolvimento há 10 anos, quando a primeira gigante da celulose, Fibria, se instalou. Desde então, Três Lagoas passou a receber inúmeras indústrias e hoje tem mais de 60.

Anos mais tarde, em 2012, a segunda empresa de celulose, Eldorado Brasil, foi construída na cidade. Atualmente, elas passam pelo processo de ampliação, além da Cargill, e, juntas, devem são responsáveis pelo investimento de quase R$ 16 bilhões, e, no período de pico das obras, devem gerar 60,5 mil empregos diretos e indiretos e quando forem concluídas, deverão gerar 900 postos de trabalho.

Hoje, porém, a Fibria já concluiu mais da metade da ampliação e a Eldorado terminou o processo de terraplanagem. Ainda não foram divulgados dados de quantos empregos foram gerados desde que as ampliações foram iniciadas, há pouco mais de um ano.

Mas, não é apenas no setor da celulose que a cidade, que antes sobrevivia da agropecuária, se destaca. No Distrito Industrial, existem empresas responsáveis pelo aquecimento na economia local. Um empreendimento que fabrica calçados, por exemplo, é o principal da América Latina, já outra empresa, do setor de embalagens, está com vagas abertas e pretende contratar 300 novos funcionários até maio.

AONDE ESTÃO 0S EMPREGOS?

Somente no ano passado, o Ciat (Centro de Atendimento ao Trabalhador) de Três Lagoas, atendeu 50 mil pessoas que buscavam uma vaga de emprego. A procura era tão grande, principalmente de pessoas que viam de fora, que em abril do ano passado, muitos dormiam na fila, em frente a unidade e sem ter o que comer precisaram do suporte da Assistência Social. Na época, um problema social foi gerado, já que não tinha vaga para todo mundo.

Na prática, o que acontece é o seguinte: o anúncio das ampliações das gigantes de celulose provocaram expectativas imediatas de emprego em Três Lagoas, contudo, todas as vagas anunciadas seriam oferecidas no decorrer das obras, que durariam, inicialmente, dois anos.
De acordo com o coordenador do Ciat, Welton Irmão, Três Lagoas tem sim, vagas de emprego, porém, a procura continua maior do que a oferta. “Não temos vagas o suficiente para todos que desejam vir para cá”, disse.

Ele explicou que o índice de emprego é de acordo com o desenvolvimento cíclico, ou seja, em pico de obras das grandes indústrias são inúmeras as ofertas, porém, muitas terceiras, contratadas para a execução, trazem seus trabalhadores, e passados alguns meses, a grande maioria retorna para a cidade de origem.

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