Educação | Com Assessoria de Imprensa | 15/11/2016 08h15

“Educação não tem partido e debate deve ocorrer sem paixão político-ideológica”, diz Simone Tebet

Compartilhe:

A senadora Simone Tebet (PMDB-MS) disse que Educação não tem partido político e que é preciso que o Congresso e a sociedade tenha “boa vontade” para debater as medidas propostas pela MP do ensino médio(MP 746/2016), com isenção e em busca do que será melhor para os jovens brasileiros.

Em discurso no Plenário do Senado, nesta quarta-feira (09), Simone disse que a proposta não é "nem vilã, nem mocinha, nem salvadora da pátria, nem carrasca da educação”. Ela reconheceu as limitações da MP, mas afirmou que ela é resultado de uma ampla discussão com educadores e especialistas.

Simone também pediu que os professores estejam “desprovidos de paixões político-ideológica” e expliquem aos alunos o conteúdo da MP para que eles possam discutir, com conhecimento, os pontos em que são favoráveis ou contrários à medida.

Insanidade pedagógica

Entre as mudanças propostas pela MP, a senadora destacou o ensino integral de 8 horas diárias, passando de 800 horas para 1.400 horas anuais, das quais 200 horas serão flexíveis, com a participação dos alunos para definir quais disciplinas serão optativas de acordo com a realidade de cada região.

“A MP é um avanço porque é antes de tudo um gesto do governo federal de trazer ao Congresso Nacional o debate. Treze disciplinas num único ano é uma insanidade pedagógica. Nós fingimos que ensinamos e os nossos jovens fingem que aprendem. Não conheço lugar nenhum no mundo que tenha 13 disciplinas no ano com apenas 4 horas diárias”, disse ao defender que a discussão será finalizada nos Estados.

MP da valorização do professor

Simone finalizou o discurso desta quarta-feira defendendo Medidas Provisórias que possam melhorar a qualidade do ensino. Ela ressaltou que apenas por meio da educação se constrói um país sem miséria, com melhor distribuição de renda, ético e com capacidade de recuperação econômica.

A senadora desejou que o governo também proponha uma MP da valorização do professor. “Tomara que em 2017 venha a MP da valorização do professor, com garantia de um salário digno,com piso no nível de profissional com ensino superior, que garanta pós-graduação gratuita para o professor. Que venham mais MPs se isso significar nós aprovamos rápido medidas para a educação, diferindo do que aconteceu com a LDB, que passou 10 anos para ser aprovada. Quero dizer que a janela de oportunidade já está fechando. Em poucos anos teremos uma população de idosos acima de 60 anos maior que a de adultos até 30 anos. Serão estes que vão ‘sustentar’ os idosos. Só há um meio. Por meio de uma educação de qualidade”.

VEJA MAIS
Compartilhe:

PARCEIROS