MS debate alternativa econômica para ampliar produção da sericultura
A sericicultura pode ganhar novo impulso para a economia sul-mato-grossense a partir de um projeto embrionário que começa a ser desenvolvido pela Embrapa (consiste na criação de formas mais resistentes para a criação do bicho da seda) de modo a ampliar a produção de casulos em algumas regiões do Estado.
Mato Grosso do Sul que desponta, ao lado de Paraná e São Paulo, como maiores criadores do inseto que faz a seda brasileira se sobressair como de melhor qualidade no mercado mundial de tecidos, também vem enfrentando a contaminação ambiental por agrotóxicos na produção de amora. Esse fato despertou grupo de pesquisadores da Embrapa.
“Nós estamos dispostos a aprofundar estudos por meio da Embrapa e diagnosticar alguns pontos para o incremento da produção e é possível intermediar com o Estado, com a assistência técnica oferecida pela Agraer e a abertura de novos mercados, junto à Abraseda [a associação brasileira do setor] para não deixar a atividade morrer”, defendeu o pesquisador Auro Akio Otsubo, chefe adjunto de Transferência de Tecnologia da Unidade de Embrapa em Dourados, durante encontro com o vice-governador do Estado, José Carlos Barbosa, o Barbosinha.
Fator estimulante para que essa parceria seja levada ao governador Eduardo Riedel, conforme sugeriu o chefe-geral Harley Nonato de Oliveira, ao recepcionar o vice-governador na unidade descentralizada da Embrapa, é o fato de que a indústria garante a produção e ainda oferece treinamento aos segmentos que desejarem empreender nessa atividade. O chefe adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento, Rafael Zanoni Fontes, também participou do encontro.
Barbosinha se encarregou de agendar uma apresentação do projeto pelos técnicos da Embrapa, onde estariam envolvidos trabalhadores da agricultura familiar, quilombolas e habitantes das aldeias indígenas do Estado. Atualmente, Mato Grosso do Sul é responsável por uma produção estimada em pouco mais de 500 mil insetos, em atividade concentrada em Novo Horizonte do Sul (67,66%), Itaquiraí (19,46%) e Rio Brilhante (12,82%), conforme dados da Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação).
“Tenho certeza de que o Riedel, diante da alta qualidade do entendimento que domina frente aos desafios que se impõem ao nosso Estado, no sentido de criar novas alternativas de produção, estará mais uma vez à frente de um projeto-piloto que virá servir de modelo para o Brasil, de integração da Embrapa e o Mato Grosso do Sul para inserir indígenas, quilombolas e a agricultura familiar nesse campo fértil da diversificação econômica”, assegurou o vice-governador.
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