Saúde | Com Costa Leste News | 27/01/2017 12h34

Morte de macacos com suspeita de febre amarela é investigada pela CCV

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A morte de quatro macacos na zona rural, com suspeita de febre amarela está sendo investigada pela Secretária Municipal de Saúde e a CCV - Coordenação Controle de Vetores. Uma equipe está realizando vistorias nas matas, efetuando a captura de mosquitos que serão submetidos a exames com o objetivo de identificar se há doença no local, as atividades estão prevista para encerrar nesta sexta-feira, dia 27.

A Secretária Municipal de Saúde realizou na manhã de quarta-feira (25), uma reunião com os servidores para esclarecer as dúvidas recorrentes e informar as ações que estão sendo realizadas para investigar a possibilidade da doença ter vitimado os animais. “A população aparecidense não precisa ficar alarmada, pois, nenhum caso da doença foi registrado no Estado, e estamos tomando todas as medidas necessárias para analisar a morte desses quatro animais”, falou secretário municipal Luciano Aparecido da Silva.

Luciano informou que a suspeita ocorre por causa da proximidade com estados onde já foram registrados casos da doença. Em São Paulo, três mortes de pessoas por febre amarela já foram confirmadas, enquanto que em Minas Gerais já são 32 casos. “Nós somos considerados uma área livre de febre amarela, não tem casos há muitos anos. Mas existe o risco de introdução dos vírus aqui, por causa de viajantes. O importante é a vacinação para quem for se descolar para áreas endêmicas”, afirma Luciano.

A responsável pela Vigilância Epidemiológica, Eugênia Paiva explicou que não foi possível fazer a análise dos animais, pois, três estavam em estado de decomposição, e o outro apodrecido em uma mata do município. “Os animais não permitiam mais a coleta de material genético para avaliar as causas da morte. Por este motivo será necessário fazer a coleta dos mosquitos nos locais”.

Paulo Silva de Almeida, Gerente Técnico de Entomologia da CCV, informou que o macaco é hospedeiro do vírus da febre amarela e quando um mosquito pica um macaco contaminado, o inseto pode transmitir a doença para o homem. “Na zona rural e em regiões de mata, os mosquitos Haemagogus e o Sabethes são os principais transmissores. Nas cidades, o Aedes aegypti é o que geralmente propaga o vírus”, explicou.

O Gerente Técnico de Entomologia da CCV informou que juntamente com a Vigilância Epidemiológica de Aparecida do Taboado realizará uma vistoria nas duas localidades que os macacos foram encontrados mortos, para fazer o recolhimento de mosquitos. “Vamos capturar as amostras de mosquitos e encaminhar para um laboratório em Belém do Pará que é especializado neste tipo de análise; infelizmente não há um prazo para o resultado ser divulgado”, falou Paulo.

O vice-prefeito Gustavo Carvalho Rodrigues de Almeida também participou da reunião e destacou a importância de uma equipe da CCV vir até Aparecida do Taboado tirar todas as dúvidas dos servidores da pasta da Saúde e principalmente da população. “Esse não é um caso de emergência e não é necessário que a população fique apavorada, mas é uma situação que acende uma luz amarela e temos que investigar para ter certeza do que vem ocorrendo”, falou Gustavo.

Vacinação

A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus transmitido por vetores artrópodes, que possui dois ciclos epidemiológicos distintos de transmissão: silvestre e urbano. Atualmente o Brasil tem registros apenas de febre amarela silvestre.

O Ministério da Saúde está divulgando as áreas de risco, e preparando o reforço das vacinas, assim como uma campanha de conscientização. No mês de janeiro, foram distribuídas 650 mil doses da vacina de febre amarela para todo o país, como parte da rotina de abastecimento do Calendário Nacional de Vacinação. O estoque disponível no Ministério da Saúde é suficiente para atender a demanda do momento.

A Organização Mundial da Saúde considera que apenas uma dose da vacina já é suficiente para a proteção por toda a vida. No entanto, como medida adicional de proteção, o Ministério da Saúde definiu a manutenção do esquema de duas doses da vacina Febre Amarela no Calendário Nacional, sendo uma dose aos noves meses de idade e um reforço aos quatro anos. A recomendação de vacinação para o restante do país continua a mesma: toda pessoa que reside em Áreas com Recomendação da Vacina contra febre amarela e pessoas que vão viajar para regiões silvestres, rurais ou de mata dentro dessas áreas, devem se imunizar.

É importante informar que a vacina contra a febre amarela é ofertada no Calendário Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) e é enviada, mensalmente, para todo o país. Em 2016, o total distribuído foi de mais de 16 milhões de doses. A vacina é altamente eficaz e segura para o uso, a partir dos nove meses de idade, em residentes e viajantes a áreas endêmicas ou, a partir de seis meses de idade, em situações de surto da doença.

Febre Amarela

Minas Gerais vive um período de surto da febre amarela silvestre, doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti na zona urbana.

Foram notificados 391 casos, destes 58 foram confirmados. O estado registrou ainda 32 mortes por febre amarela. São Paulo também registrou três mortes.

Sintomas

Os principais sintomas são: febre, dores musculares em todo o corpo, dor de cabeça, perda de apetite, náuseas e vômitos, olho, face ou língua avermelhados, fadiga e fraqueza.

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